quarta-feira, janeiro 31, 2007

Quatro Fronteiras

terça-feira, janeiro 30, 2007

Michel e Roberta


"A branda brisa arfava, a espuma alva voava,
E o sulco solto a esfiar...
Jamais humana voz soara antes de nós
Naquele mudo mar."

A Balada do Velho Marinheiro - S. T. Coleridge

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Roteiro

terça-feira, janeiro 09, 2007

Notícias de bordo - 07/01/2007

Último dia da Quatro Fronteiras! Já estamos saudosos desta fantástica aventura.

Os avisos foram importantes. Vamos descrever a paisagem de hoje: chuva. Saímos de Londrina para pegar a BR 369, sentido Ourinhos. Uma chuva não tão forte, mas constante e com visibilidade média. Entretanto, a pista é bem escorregadia, e com muitas curvas. Com cautela, sem problemas.

Tivemos que antecipar a primeira parada, pois um parafuso de um dos capacetes se soltou. Um pequeno reparo e tudo certo para continuarmos.

Até sair do Paraná, mais dois pedágios, com valores nada modestos.

Após Ourinhos, mais uma caminhada pela SP 225, e logo alcançamos a SP 280 - Castello Branco - que está em ótimas condições. Nesta altura, a chuva aliviou um pouco, e pudemos apreciar a vista e os últimos quilômetros desta jornada. (Em todo o percurso, a grande maioria das estradas que utilizamos estão em condições boas ou ótimas. Fica registrado aqui nosso elogio. Somente dois trechos estavam precários: na BR 101 de Florianópolis até a altura de Criciúma, e 10 Km ao lado de Ourinhos, realmente lamentáveis. Fica registrado aqui nosso protesto.)

O fato de voltar por um caminho diferente foi muito bacana. Não houve sensação de estar retornando, mas sim de chegar ao próximo objetivo.

Epílogo:

Chegamos em Tatuí por volta das 17:00h.

A Quatro Fronteiras foi um sucesso! Cada quilômetro percorrido foi importante, e terá sempre seu lugar em nossa história. Todos os detalhes, desde a idéia original, o planejamento, as pesquisas, tudo exerceu um papel fundamental na execução desta viagem. E nossa moto - a excelente Honda Shadow VT600 - também apresentou ótimo desempenho, cumprindo de forma exemplar o seu papel. Além disso, foi muito admirada e elogiada pelos nossos vizinhos sul-americanos.

Todos os lugares pelos quais passamos, as pessoas que conhecemos, com seus hábitos e atitudes peculiares, cada visão, de cidades, estradas, natureza, interagindo ou contemplando, sempre nos proporcionou um enriquecimento e gratificação por estar ali.

Ir a qualquer um desses lugares é muito bom, e recomendamos, sem ressalvas. Mas, para aqueles que apreciam a aventura sobre duas rodas, chegar em todos eles, com uma moto, não tem preço.

Temos grande apreço e agradecemos a você, que nos acompanhou nesta narrativa, enviou comentários no blog ou mensagem particular, e também curtiu conosco cada dia da aventura!
Pedimos ainda um favor, para aqueles que enviaram comentário pelo blog, que nos remeta uma mensagem para o nosso e-mail, pois não temos o e-mail de todos vocês. nosso e-mail: mrrosa@fasternet.com.br

Caros amigos, nos despedimos aqui. E até a próxima!

Parabéns, a todos nós. Pelo entusiasmo e ousadia!

Deus seja louvado!

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Notícias de bordo - 06/01/2007


Ontem acordamos mais tarde que o normal. Esquecemos de voltar para o horário de verão.
Mas não houve problema, pois saímos de Foz do Iguaçu um pouco mais tarde, já que o próximo trecho é curto. Há algumas cidades com nomes curiosos pelo caminho, como Céu Azul.

Chegamos em Cascavel, saindo da BR 277. A cidade tem largas avenidas no centro, e um canteiro muito bom onde as pessoas caminham ou correm, no qual encontramos a bonita árvore da foto.
O forte da região é agricultura, principalmente soja.

Hoje saímos de Cascavel, com destino a Londrina, passando por intermináveis plantações de soja, e várias cidades da região.
Fizemos um pit stop em Engenheiro Beltrão, para tomar um café. Quem nasce no lugar é beltrandense.

Sobre a estrada, diríamos que é boa. Porém, devido ao exagero de pedágios pelos quais passamos entre ontem e hoje - 7 praças - vamos dizer que está apenas razoável. São muitos pedágios, e como sabemos, motos também pagam no Paraná.

Cerca de 400 Km, e chegamos em Londrina. Escapamos da chuva por 2 minutos. Foi entrar no hotel e o céu caiu. Agora estamos em um Shopping, ao lado do hotel, e a chuva continua, com fortes trovoadas.

Como vimos na Internet, e alguns de vocês nos enviaram mensagem alertando de que no Estado de São Paulo também está chovendo bastante, amanhã vamos prevenidos.

Abraços!

Obs.: Conseguimos colocar as fotos que ficamos devendo, nos últimos 3 dias.

Notícias de bordo - 05/01/2007


Enfim, de volta ao Brasil!

Resolvemos não explorar as possibilidades de compras em Ciudad del Este. Não nos interessamos pelo tumulto que há por lá.

Foz do Iguaçu é uma pequena e bem cuidada cidade. Há algumas feirinhas e lojas com artesanato no estilo indígena.

Fomos às Cataratas, um espetáculo da natureza, declarado patrimônio da humanidade. Não há como descrever. A foto é para dar uma idéia da força e magnitude das águas.
Nas palavras do primeiro branco a contemplar as quedas, o navegador espanhol Alvar Nunes Cabeza de Vaca, em 1542: "O rio dá uns saltos por uns penhascos enormes e a água golpeia a terra com tanta força que de muito longe se ouve o ruído".

O Paraná foi uma enorme área de vegetação nativa (habitada pelo povo Tupi-Guarani, entre outros), até o início do século passado. Agora resta bem pouco.
Apesar disso, a reserva do Parque Nacional do Iguaçu está muito bem protegida, e recebe visitantes de todas as partes do mundo.
Há quatis andando tranquilamente por entre as pessoas.

Aqui, o Rio Iguaçu se encontra com o Rio Paraná, que segue com este nome até o Rio da Plata.
Neste ponto, há a divisão simbólica das 3 fronteiras, Brasil-Argentina-Paraguai.

Um lugar para voltar ao Brasil com chave de ouro!

Abraços!

(As fotos dos últimos dias já foram eleitas, mas estamos com dificuldade para encontrar uma máquina que reconheça o dispositivo de transferência. Vamos ver se amanhã conseguimos. Por favor, esperem só mais um pouco!).

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Notícias de bordo - 04/01/2007


Quatro de Janeiro de 2007. A última Fronteira!

Ontem entramos no Paraguai, e a primeira impressão foi de apreensão. Mas as regiões fronteiriças são algo estranhas mesmo.
Ônibus hiper lotados, muitos animais na beira da pista.

São mais 50 Km até a capital, Asunción. A estrada está ok, e logo passamos pelo rio Paraguai, para entrar na cidade.
É uma cidade grande, com os respectivos problemas. Mas também tem muita história, e é a segunda capital mais antiga das Américas.

À noite, andamos um pouco pelo centro, e como estava chovendo um pouco, fomos a um Shopping Center, bom como os nossos.

Hoje saímos para deixar a cidade, não sem antes passar para tirar uma foto do estádio Defensores del Chaco, que fica em um bairro de periferia, bem agradável.

Para sair da cidade (e da grande Asunción), com direção à Ruta 2, são aproximadamente 50 Km, onde é preciso muito cuidade com pessoas cruzando a pista.

Qualquer dúvida quanto a recomendar este país foi dissipada. Uma ótima estrada, cortando o país até a fronteira com o Brasil.
Muitos pequenos povoados, simples mas bem cuidados. Paramos em alguns (onde tiramos a foto de hoje).
O povo é muito simpático e agradável, e gostam muito do Brasil. Ficam admirados quando falamos que viemos pelo Uruguai.
Quase todos falam espanhol e guarani.

São 350 Km até Ciudad del Este. A fronteira é um tumulto de carros e ônibus, e ficaríamos horas esperando se não utilizássemos o sistema de corredor para passar com a moto.

E agora temos ampla oferta de postos Petrobrás. A gasolina super hiper especial, isenta de álcool, fez voltar ao normal o consumo da moto!

De volta ao Brasil, por Foz do Iguaçú!

Hasta la vista, hermanos!

(depois colocamos as fotos de ontem e hoje)

Notícias de bordo - 03/01/2007


Décimo quarto dia de viagem. Nos preparamos para deixar a Argentina.
Saímos de Resistência pela Avenida 25 de Mayo, que corta a cidade toda, e tomamos a Ruta 11, com direção à Provincia de Formosa, a última antes do Paraguai. O dia estava nublado, o que foi muito bom, depois de dois dias bem quentes.

Essa região da Argentina é mais remota, não muito povoada. Entretanto, a estrada é excelente, com asfalto bom e belos trechos de reta. A paisagem, com muito verde, torna a viagem muito agradável.

Chegamos até a capital da Provincia, que também se chama Formosa, e paramos em um posto da redondeza, para abastecer e tomar um café. O pessoal fica mais curioso ainda, pois o local é bem distante de grandes centros. Conversamos com vários locais.

Retomamos a estrada, em direção à Clorinda, que é a última cidade, onde planejamos cruzar a fronteira.
No caminho, as nuvens viraram chuva, e tivemos que nos equipar. Quase chegando na cidade, qual não foi nossa surpresa ao encontrar um ônibus de dois andares, atravessado na estrada (nada grave com ele, mas não sabemos como conseguiu).
Vejam a foto!

Durante todos estes dias de viagem, não tivemos nenhum contato com a polícia. Mas hoje, decidiram nos testar!
Foram cinco. Sim, cinco vezes fomos parados no bloqueio policial, três na Argentina e duas no Paraguai.
São famosos por implicarem com brasileiros. Mas não tivemos nenhum problema. Ao contrário, foram todos educados e aceitaram tirar uma foto.
Porém, nosso planejamento se provou valioso. Pediram toda documentação possível. E tínhamos tudo! Um verdadeiro dossiê.

Bom, sendo assim, só temos boas e positivas memórias de todos os lugares por que passamos.

Amanhã, falaremos do Paraguai.

Abraços!

terça-feira, janeiro 02, 2007

Notícias de bordo - 02/01/2007


Deixamos Santa Fé às 09:00h.
Tinhamos duas opçoes de roteiro, pela Ruta 11, que é a mesma que utilizamos ontem, ou pela 27.
O plano original era seguir pela 11, que é uma autopista. Porém decidimos pela 27, que passa por lugares mais pitorescos.

Isso aumentou um pouco a quilometragem. Percorremos 650 Km.

Para chegar a Resistência, passamos por quatro Províncias (Estados): Santa Fé, Entre Rios, Corrientes e Chaco.

Na cidade de Paraná - Entre Rios -, atravessamos um túnel subfluvial muito interessante. Entre Corrientes e Resistência, há uma bela ponte sobre o rio.
A cidade de Resistência é a capital do Chaco. Tem cerca de 300 mil habitantes, e é conhecida como a cidade das esculturas. Tem uma em cada esquina! Também há muito turismo rural na regiao.

Ainda estava muito quente, porém algumas nuvens vieram em boa hora, e fomos presenteados com uma bela sombra.

No caminho, além de muito gado, pastos e sítios, várias cenas interessantes, como um grupo de gauchos tradicionais da regiao, uma capela ¨Capilla do Sr. de la muerte¨, e, impressionante, em uma ilha de areia quase no meio de um rio, um campo com traves e tudo.
E a placa que valeu a foto de hoje: Las Malvinas son Argentinas!

Nossa média de rodagem, para pit stop e abastecimento, estava em 300 km. Porém, com a nafta argentina, houve uma queda no rendimento de Km/L, e estamos parando com no máximo 250 Km. Isso tem seu lado positivo, pois em cada parada conhecemos várias pessoas, que sempre se aproximam curiosas, para verem a moto (com bandeira do Brasil) e puxar conversa com dois malucos! Crianças ficam encantadas.
Também, durante o trajeto, é muito comum as pessoas acenarem amistosamente.

Ao chegarmos em Resistência, um cidadao encostou o carro e se ofereceu gentilmente para nos guiar até o hotel. Parabéns pela hospitalidade!

Hoje rodamos bastante. Amanha continuamos.

Abraços!

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Notícias de bordo - 01/01/2007


Aquela história de frente fria que sai da Argentina para o Brasil, parece que vai inteira.
Ontem estava bastante quente em Buenos Aires. Mas hoje havia um sol só para nós.

Saímos logo cedo, para percorrer mais 500 Km, até a cidade de Santa Fé, capital da província de mesmo nome. Por estes lados já nao se encontram brasileiros, a nao ser malucos, como nós.

Mesmo com o vento forte, o asfalto parecia derreter. Também nao havia quase nenhum movimento na estrada, devido ao feriado.

A Ruta 9, liberada para 130Km/h, corta uma parte da regiao do mais tradicional pampa argentino, com muito pasto e gado. Foi uma área de difícil colonizaçao, onde os índios ofereceram muita resistência aos espanhóis.

A cidade de Santa Fé tem 650 mil habitantes, e é uma das mais antigas da Argentina, com construçoes de 1680.

Ao chegarmos na cidade, nos deparamos com esta cena inusitada...

Abraços e ótimo 2007!